Em 2010 aqui no Brasil outras odisséias continuam.
Uma é a da Copa do Mundo, onde os sentimentos se unem, ou quase, num só coração. Seria "Pra frente, Brasil", mas ....
Outra é das eleições presidenciais, o monolito obscuro de alianças e intenções indecifráveis .
A Copa do Mundo rumou-se para quase uma Copa das Américas. Certas seleções européias mostraram que a crise não é só campo financeiro. Vide a seleção francesa, com atuação vergonhosa tanto no campo quanto fora dele.
Em tempos de Copa, o nacionalisamo verde-amarelo é exaltado. Seja pelos adereços nas ruas e casas; pelas torcidas em bares com seus telões de plasma ou churrascos em laje, o que importa é torce pela seleção. É mostrar-se brasileiro (?). Se fizer o contrário, bom sujeito não é.
O que aconteceu no dia 02/07 não de tanto uma surpresa, houve tristeza e esta tormou-se alegria com a eleminação da Argentina no sábado por 4X0. No entanto a indignação com a seleção brasileira vai durar.
Eis que já procuram novos candidatos ao cargo de técnico da seleção e pelo que foi mostrado são de boa aceitação do público.
O bom é que agora a povo tem que prestar atenção nos candidatos à presidencia. Pelo menos deveria.
Pois os jogos do poder não são televisionados.
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Para compreender como o verdeamarelismo serviu para incurtir o sentimento nacionalista, sugere-se o livro Brasil. Mito fundador e sociedade autoritária, de Marilena Chauí, editora Fundaçao Perseu Abramo. Nele a autora discorre sobre como foi construído o mito fundador do Brasil desde 1500 até os dias atuais. De dádiva divina, passando pela exaltação das riquezas naturais representadas pelas cores da bandeira nacional; povo considerado ordeiro e amável, até a seleção canarinha. A idéia de nação como semióforo, ou seja símbolo cheio de significação incessante e a sagração da natureza; da História e do governante como bases do mito fundador respondem as questões de muito feitas ao longo dos anos.
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