quinta-feira, 8 de julho de 2010

As colunas das folhas

Informo que  o blog terá  3 colunas de textos, cada uma par determinado tema.
Ninguém é uma ilha, relacionada à sociabilidade, a questão da comunicação e  do relacionamento com o outro;
O tecnomundo nosso de cada dia, referindo se a penetração da tecnologia na vida humana, seja tanto como integradora como excludente. O que se pretende a partir de observações do cotidiano é abordar justamente o que passa despercebido  em meio à correria do dia à dia.  Os  impactos do Meio científico-informacional, nas palavras de Milton Santos, na vida cotidiana.
A terceira coluna  ainda está sendo pensada.

Mais um compromisso sendo firmado.

A paz.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Cultura afro-brasileira é adaptada para os quadrinhos

Reproduzindo um press release recebido:



Em 2003 foi aprovada a lei 10.639, que previa a obrigatoriedade do ensino de conteúdos curriculares sobre a História e a Cultura Africana e Afro-brasileira na escola em seus diversos períodos e disciplinas, foi baseado nisso que foi lançado nesta *sexta-feira, 2 de julho de 2010, às 19h*, na Livraria Cultura, o álbum em quadrinhos *AfroHQ: História e Cultura Afro-brasileira e Africana em Quadrinhos*.
A HQ foi produzida com pesquisa e roteiro do sociólogo *Amaro Braga*, professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas – UFAL, e teve os desenhos e a pintura das arte-educadoras *Danielle Jaimes* e *Roberta Cirne*, estudantes de Artes Plásticas da UFPE e contou com o incentivo do Funcultura do Governo do Estado de Pernambuco.


Resgatando a história da presença africana no Brasil e suas contribuições para a formação da cultura brasileira, a HQ foi ricamente ilustrada em aquarela e apresenta as principais temáticas antropológicas, sociológicas e históricas relativas à cultura afro-brasileira. Narrada pelos próprios orixás, a aventura parte do surgimento do homem na África, passando pela escravidão, a construção do Brasil, seu povoamento e as contribuições advindas de sua cultura material e imaterial tais como dança, música, linguagem, culinária, religião e artesanato, enfatizando o quanto pesa a cultura africana no patrimônio brasileiro.


A publicação chega exatamente no mesmo período da aprovação pelo Senado Federal do Estatuto da Igualdade Racial, aprovado no dia 16 de junho e que aguarda agora apenas a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve ser anunciada nos próximos dias.


O “*AfroHQ*” enfoca com riqueza de detalhes e sensibilidade a contribuição da cultura africana na formação do povo brasileiro e dá continuidade ao trabalho de uma equipe que vem produzindo quadrinhos para que crianças, jovens e adultos possam conhecer detalhes pouco explorados das contribuições culturais deixadas para nós, brasileiros e pernambucanos, por muitos povos, como os Judeus, tema dos cinco primeiros álbuns, chamados de “Passos Perdidos, História Desenhada”; e da interação étnica na formação da Nação Brasileira em “Heróis da Restauração”, o sexto álbum. “AfroHQ”, o sétimo, continua com esta trajetória etno-histórica que tem motivado o trio em seus projetos.


A HQ procura abranger diversos assuntos e mapeia as mais variadas ideologias sobre o tema. “Não floreamos nenhum dos fatos históricos, nem os excluímos. Tentamos o impossível: reunir múltiplas visões defendidas na academia e nos movimentos de cultura negra, que, como muitos devem saber, às vezes se antagonizam”, explica Amaro Braga.

Para cumprir a missão, a equipe contou  com consultores especializados que analisaram o trabalho e deram sugestões ao longo do desenvolvimento, como:
 professora *Zuleica Dantas*, pós-doutora em Ciências da Religião (UMESP) e coordenadora da pós-graduação em História e Cultura Afro-brasileira da UNICAP,
 a pesquisadora *Josinês Rabelo*, doutoranda em Desenvolvimento Urbano pela UFPE e
a professora *Ana Carolina Thompson* que pesquisa a prática de administração do conhecimento por parte
dos estudantes.

“A ideia foi criar um material que pudesse ajudar os professores, apresentando as bases de vários conteúdos: históricos, religiosos, étnicos, míticos e linguísticos. É uma introdução que pode estimular o aprofundamento a partir de várias disciplinas, entre elas História, Português, Geografia, Literatura e principalmente a Sociologia”,  acrescenta Amaro. “Desenhamos a história, idealizando cada cena e enredo
visando uma provável ação didática por parte do professor.

Nossa experiência em sala de aula foi decisiva para a construção deste álbum”, revela Danielle Jaimes, que também atua como professora do ensino fundamental e médio em escolas da região.

Serviço:

*AfroHQ: História e Cultura Afro-brasileira e Africana em Quadrinhos*

Lançamento: 02 de julho, às 19h, na Livraria Cultura

Autores: Amaro Braga, Danielle Jaimes, Roberta Cirne

Número de pag.: 90
Preço: R$ 20,00

Informações: afrohq@gmail.com<http://br.mc539.mail.yahoo.com/mc/compose?to=afrohq@gmail.com>ou

http://afrohq.blogspot.com/

Postado por CDICHQ no História e Cultura Afro-brasileira em




2010. II


Em 2010 aqui no Brasil outras odisséias continuam. 
Uma é a da Copa do Mundo, onde os sentimentos se unem, ou quase, num só coração. Seria "Pra frente, Brasil", mas  ....
Outra é das eleições presidenciais, o monolito obscuro de alianças e intenções indecifráveis .

A Copa do Mundo  rumou-se para quase uma Copa das Américas.    Certas seleções européias mostraram que a crise não é só campo financeiro. Vide a seleção francesa, com atuação vergonhosa tanto no campo quanto fora dele.

Em tempos de Copa, o nacionalisamo verde-amarelo é exaltado. Seja pelos adereços nas ruas e casas; pelas  torcidas em bares com seus telões de plasma ou churrascos em laje, o que importa é torce pela seleção. É mostrar-se brasileiro (?).  Se fizer o contrário, bom sujeito não é.

O que aconteceu no dia 02/07  não de tanto uma surpresa, houve tristeza e esta tormou-se alegria com a eleminação da Argentina no sábado por 4X0.  No entanto a indignação com a seleção brasileira vai durar.
Eis que já procuram novos candidatos ao cargo de técnico da seleção e pelo que foi mostrado são de boa aceitação do público.

O bom é que agora a povo tem  que prestar atenção nos candidatos à presidencia. Pelo menos deveria.
Pois os jogos do poder não são televisionados.


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Para compreender como o verdeamarelismo serviu para incurtir o sentimento nacionalista, sugere-se o livro Brasil. Mito fundador e sociedade autoritária, de  Marilena Chauí, editora  Fundaçao Perseu Abramo.  Nele a autora discorre sobre como foi construído o mito fundador do Brasil desde 1500 até os dias atuais.  De dádiva divina,  passando pela exaltação das riquezas naturais representadas pelas cores da bandeira nacional;  povo considerado ordeiro e amável, até a seleção canarinha.  A idéia de nação como semióforo, ou seja símbolo cheio de significação incessante e a sagração da natureza; da História e do governante  como bases do mito fundador respondem as questões de muito feitas ao longo dos anos.